As três principais associações de magistrados emitiram uma nota nesta terça-feira (9) criticando o comportamento do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, em uma audiência ontem e afirmando que a história da Corte "contempla grandes presidentes e o futuro há de corrigir os erros presentes".
No encontro, pedido pelos representantes das entidades para apresentar
reivindicações da categoria, houve bate-boca e o clima ficou tenso.
Diversos temas foram alvo de críticas de Barbosa, mas o ápice da
discussão se deu em torno da criação de mais quatro tribunais regionais federais.
Em certo momento, ele chegou a mandar que um dos magistrados baixasse o tom de voz e só falasse quando autorizado.
O documento é assinado pelo presidente da AMB (Associação dos
Magistrados Brasileiros), Nelson Calandra, da Ajufe (Associação dos
Juízes Federais do Brasil), Nino Toldo, e o presidente em exercício da
Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho),
João Bosco de Barcelos Coura, que estavam presentes na audiência de
ontem.
A Ajufe também soltou um comunicado separado em que repudia a acusação
de Barbosa de que houve atuação "sorrateira" da entidade em favor da
aprovação da criação de mais tribunais.
O documento critica o fato de o ministro ter dito que as entidades
classe induziram o Congresso a erro. "Insinuar que uma associação de
classe iludiu o Congresso Nacional é desmerecer e diminuir a capacidade
técnica e política do parlamento brasileiro, que possui quadros
experientes que jamais se submeteriam a artimanhas dessa natureza",
afirma Nino Toldo, da Ajufe, no texto.
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Enéias Teles Borges
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